Após se reunir com empresários chineses em Pequim nesta quinta-feira, 31, o presidente Michel Temer afirmou que não se pode “manter o silêncio” sobre o pedido de suspeição contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que o Judiciário deve decidir a questão. Em entrevista coletiva, Temer negou que esteja tentando “desqualificar” o procurador. 5n3i1d
“Você sabe que no plano jurídico, quando alguém começa a agir suspeitamente, você tem que arguir da suspeição, e quem decide é o Judiciário. O Judiciário é que vai decidir o que deve haver, se há suspeição, se não há suspeição. O que não se pode é manter o silêncio. Mas foi o que o advogado fez”, disse o presidente, conforme transcrição da entrevista coletiva pela assessoria do Planalto.
Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou pedido da defesa de Temer e deu aval para Janot seguir na condução das investigações contra o presidente. Temer afirmou que seu advogado deve pedir para que o plenário da Corte analise a questão. A defesa do peemedebista alega que o procurador extrapolou seus limites legais nas investigações.
Questionado sobre a devolução do acordo de colaboração premiada do operador Lúcio Funaro à Procuradoria, Temer afirmou que a atitude do ministro Fachin ao entregar o acordo novamente a Janot demonstra que a delação pode conter equívocos. “Deve haver algum equívoco na delação, certamente nós vamos esclarecer. Eu suponho até que o procurador deverá esclarecer e vai devolver”, disse o presidente.
0 Comentários 5p6m6q